sábado, 31 de outubro de 2009

Sobre as vídeo aulas do blog

        Ao apresentar os programas e sistemas GNU/Linux, ao explicar procedimentos de instalação e de uso dos mesmos, sempre que possível e quando achar conveniente, publicarei vídeos demonstrativos, ou vídeo aulas, como acharem melhor chamar, para que as coisas fiquem mais claras. Muitos vídeos desse tipo já existem, já foram produzidos por diversas pessoas, teoricamente não haveria necessidade fazer o que já foi feito, porém, a não ser em casos em que a licença permita, não posso distribuir materiais de outros sem autorização. E como quero distribuir informação de forma livre, produzirei, quando achar conveniente, material para o blog, para que assim qualquer um tenha acesso, podendo baixá-los e distribuí-los com liberdade. Farei o possível para anexar a mesma licença Creative Commons do blog ao final dos vídeos, para deixar claro as questões de uso dos mesmos.
        Os vídeos com demonstrações de softwares serão totalmente produzidos e editados em plataforma GNU/Linux. Em se tratando de softwares livres que existem para Windows e GNU/Linux, não existe grande necessidade de mostrá-los rodando nos dois sistemas. Em relação à instalação desses softwares, ela é diferente nos dois sistemas, mas demonstrá-la em Windows talvez seja desnecessário. Diferenças em relação a ajustes de configurações pós instalação também podem existir, e nesses casos tentarei explicar. Ainda assim, me limitarei a postar links para vídeos demonstrativos em Windows de outros autores, e adicioná-los no "Favoritos" do canal Livre Para Criar Música no YouTube.


Método para produção e postagem

        Como muitos já sabem, existem diversos softwares livres que funcionam no sistema operacional proprietário Windows, e como eu afirmei em uma das primeiras postagens a minha idéia é postar informações sobre esses softwares, para que o usuário desse sistema possa conhecer melhor essas alternativas aos softwares proprietários que estão acostumados a usar, possa vir a querer ter contato com esses softwares livres mesmo que rodando em uma plataforma proprietária, pois isso, ao meu ver, é um bom passo para que tal usuário possa vir a se interessar por sistemas GNU/Linux. Seguindo essa linha de pensamento, nada mais sensato que começar a postar primeiro informações sobre os softwares que existem para os dois sistemas operacionais, Windows e GNU/Linux, depois postar informações sobre migração de sistema operacional (incluindo aí demonstrações de particionamento de disco rígido e instalação de mais de um sistema operacional), e, por final, postar informações sobre softwares que existem exclusivamente para a plataforma GNU/Linux. De fato vou seguir esse método para produção e postagem dos vídeos, porém não em 100%, pelo simples fato da demora que ocorreria até chegar ao momento de tratar de softwares importantes e exclusivos para os sistemas GNU/Linux.


Informações técnicas

        Em relação a parte técnica da produção dos vídeos, gostaria de explicar algumas coisas importantes. Produzirei os vídeos demonstrativos de softwares livres multiplataforma em GNU/Linux, e em nem sempre na mesma distro GNU/Linux. Para isso, conto com um computador com um disco rígido particionado e com mais de um sistema operacional instalado, funcionando assim o computador em sistema multi boot. Farei o possível para sempre apresentar, em arquivos de texto anexos ou em descrições do vídeo, as informações técnicas sobre configurações de software e de hardware na criação do vídeo em questão, pois acho que isso é importante para que quem estiver assistindo possa comparar com a suas configurações.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Sobre as postagens (3)

Continuando do post anterior.

        2. Postagens sobre softwares para atividades diversas

        Nessas postagens pretendo mostrar alguns de uma variedade de softwares livres existentes para diversas atividades. O objetivo é mostrar que existem opções aos softwares proprietários pagos, incentivar usuários de Windows® a experimentarem o uso de softwares livres no desenvolvimento de suas atividades, pois acredito que esse contato com software livre rodando em Windows, é o primeiro passo para que o usuário desse sistema comece a pensar na possibilidade de migrar para um sistema GNU/Linux, isso claro, se o mesmo entender o que significa Software Livre, entender a sua filosofia, pois ao meu ver, é isso que faz de fato uma pessoa migrar, ou seja, não somente a questão econômica, pois não é novidade que, já há algum tempo, é possível em ambiente Windows ter um computador equipado com ferramentas suficientes para a realização de qualquer tarefa sem ter que gastar com softwares pagos e sem recorrer à “pirataria”, utilizando somente softwares gratuitos (frewares). É verdade que muitas pessoas optam pelos freewares para evitar a “pirataria”, porém seu sistema operacional é "pirata". Isso é realidade para muitas pessoas, e esse tipo de usuário, que tem a atitude de evitar a "pirataria", de buscar alternativas aos softwares pagos, e que eventualmente se sente incomodado ao ser tratado como um criminoso por usar Windows pirata, acredito que é um potencial usuário de GNU/Linux. Como já havia escrito antes, a "pirataria de software", na minha opinião, é prejudicial a todos, e creiam, em casos de grandes empresas, de monopólios, essa "pirataria" é uma piada, e cumpre um papel importante na popularização de seus produtos. Já havia escrito também, que pretendo escrever para pessoas que acreditam que a "pirataria" é um tipo de "vingança justificável" contra essas empresas que cobram caro por seus produtos. Ora, o fato é que essa prática de "pirataria" como vingança, como protesto, é pura ingenuidade. Esse assunto será recorrente aqui, será tratado em várias postagens, pois faz parte daquele fio condutor que já havia citado, o qual vai me guiar e que ficará claro com o tempo, se as pessoas que acompanharem este blog começarem a entender o sentido do mesmo. Mas afirmo, mais uma vez, para as pessoas às quais citei antes, que existe uma forma melhor, mais inteligente de se “vingar” dessas empresas, simplesmente usando software livre, buscando equivalentes livres aos softwares proprietários.
        Assim como os softwares para produção de áudio, nessas postagens pretendo fazer uma apresentação dos programas e de suas funções, publicar os links para suas páginas oficiais e ir postando tutoriais, vídeos, dicas, etc. na sequência.

        3. Postagens com conteúdo teórico

        Antes de instalar e começar a utilizar alguns programas, como os que lidam com áudio por exemplo, é bom que se tenha noção sobre alguns conceitos que estarão por trás da instalação e utilização dos mesmos. O mesmo vale para a instalação e utilização de uma distribuição GNU/Linux. Haverá portanto a necessidade de apresentar alguns conceitos que envolverão a instalação e o uso prático do sistema GNU/Linux e dos programas, em postagens que antecederão a apresentação dos mesmos.

        4. Postagens sobre questões politicas, sociais, artísticas e filosóficas

        Nesse tipo de postagem serão apresentados assuntos que envolvem questões politicas, sociais, artísticas e filosóficas, como o título já diz. Mas fora essa obviedade, e exemplificando, um assunto aqui a ser tratado é a cópia não autorizada de softwares, músicas, filmes, livros, imagens etc., o que as corporações e parte da mídia chamam estrategicamente de “pirataria”, assunto que hoje é discutido muito amplamente envolvendo diversas partes da sociedade, envolvendo questões de direitos autorais e de propriedade, questões legais, entre outras. Ainda sobre essa questão, a situação das gravadoras, dos artistas e dos consumidores de música frente a esse cenário. Aqui também serão apresentados assuntos sobre questões politicas e filosóficas que tangem o uso de software livre, a história do Sistema Operacional GNU/Linux e de seus idealizadores, o uso de ferramentas livres na inclusão digital e na inclusão social, questões de meio ambiente...

        5. Postagens com um blá, blá, blá qualquer

        Aqui serão postados assuntos de todo o tipo, por vezes fora do contexto do blog, mas que permitirão ampliar os horizontes e comunicar com pessoas com outros interesses, ou para descontrair, e até mesmo fugir do mundo virtual de vez em quando.

sábado, 24 de outubro de 2009

Sobre as postagens (2)

        Como avisei antes, nesta postagem e na próxima vou explicar mais detalhadamente o conteúdo que será aqui publicado, e nas próximas prometo mudar esse tom de campanha política, com mil promessas, e partir para ação de verdade. Dividi aqui as postagens, com intuito de explicar o conteúdo, em diferentes categorias conforme o direcionamento dos textos. Pretendo postar variando os conteúdos para que todos aproveitem, e para isso utilizarei um método que pensei, o qual explicarei em uma postagem futura.

        1. Postagens sobre softwares para produção musical

        Nessas postagens escreverei sobre alguns softwares livres direcionados à produção musical, sendo estes bem conhecidos, apresentando requisitos suficientes e podendo ser comparados a alguns softwares proprietários, apesar de que evitarei essas comparações técnicas. A ideia é fazer uma apresentação dos programas e de suas funções, publicar os links diretos para suas páginas oficiais, e ir postando na sequência tutoriais, vídeos, dicas etc., sobre instalação e uso. Cabe dizer que as opiniões que serão expostas não são técnicas, portanto se alguém habilitado tiver algo a acrescentar, sinta-se à vontade para fazer comentários, lembrando novamente que comparações com softwares proprietários serão evitadas por mim.
        Quem acompanhar este blog vai perceber que é possível com um computador com uma configuração mínima padrão registrar suas músicas com qualidade aceitável e assim poder divulgar seus trabalhos por aí. Isso é possível com os “Estúdios Virtuais”, programas que reúnem virtualmente equipamentos existentes em um estúdio real, como por exemplo uma mesa de som. Com os plugins LADSPA, ou seus equivalentes proprietários, os plugins VST, temos efeitos de distorção, delay, overdrive, flanger e outros, simulando virtualmente pedais reais. Alguns plugins ainda simulam módulos de baixo e guitarra de forma igual. Isso tudo será explicado claramente. O necessário é empenho para aprender a trabalhar com os programas, pois muitas vezes, algumas pessoas se assustam de cara com um determinado programa, ficam com preguiça de ir em busca de informações, ou quando vão em busca, se deparam com excesso de informações e opiniões, aí ficam perdidas, acham que esse tipo de tarefa não é para elas, enfim. Isso pode acontecer ao pesquisar sobre qualquer assunto. Algumas fontes são duvidosas, às vezes se contradizem. Portanto é necessário ir em busca, captar, processar e apropriar-se da informação para que se possa ter resultados, caso contrário vai se sentir frustrado e sairá emitindo opiniões erradas por não ter ido a fundo no assunto.
        Para finalizar, o conteúdo que será aqui publicado poderá ser aproveitado pelas pessoas de diferentes maneiras, conforme suas necessidades pessoais. No caso de uma banda já formada, cada integrante poderá gravar seu respectivo instrumento, e o ideal é que todos tenham contato com os softwares. Outra possibilidade, é a produção de música a distância. Se os integrantes morarem longe, e cada um possuir um computador devidamente equipado, é possível o envio das trilhas de áudio via e-mail, por exemplo. Dessa maneira é possível a troca de ideias entre os integrantes. Outra possibilidade, é em caso de não haver uma banda formada. Às vezes é difícil formar uma banda, encontrar os integrantes pode demorar, porém algumas pessoas tocam mais de um instrumento, assim é possível elaborar um trabalho e inclusive distribuí-lo, ficando desse modo até mais fácil de apresentar a ideia toda para possíveis integrantes. Enfim, as vantagens são inúmeras. Esse contato com essas tecnologias que hoje estão disponíveis de forma democrática graças ao software livre, só é benéfico aos que se propuserem a aprender. Começa-se a ter um controle sobre seu trabalho, um conhecimento maior sobre todas as etapas de sua produção. Isso permite uma independência maior. É verdade que para ter acesso a essas tecnologias de software é necessário ter um sistema de hardware que as comporte, e apesar de não ser necessário grandes investimentos, sabemos que o acesso a computadores ainda não ocorre de maneira tão democrática assim. Porém, existem inúmeros projetos, governamentais ou não, que levam a informática às comunidades carentes, que criam núcleos, centros de informática, muitas vezes a própria comunidade se organiza para criá-los em escolas, enfim, nesses locais também é possível o uso desse tipo de tecnologia voltada à produção musical. Haverão alguns posts sobre essa questão de inclusão digital onde veremos que o Software Livre, que sistemas GNU/Linux, têm um papel fundamental nesse sentido. E sobre a questão de configurações de hardware, sabe-se que os sistemas GNU/Linux são pouco exigentes, rodam muito bem em computadores com baixas configurações de hardware, o que contribui para diminuir o volume de lixo tecnológico, as pessoas não são obrigadas a fazer upgrades ou comprar um computador top para que seu sistema operacional funcione bem, ou seja, GNU/Linux contribui para a sustentabilidade também.

Continua no próximo post.

domingo, 18 de outubro de 2009

Sobre as postagens (1)

        Já faz algum tempo que tento colocar essa minha ideia do blog em prática, tenho acumulado algum material, o qual tenho escrito nas horas vagas, e um pouco dessa demora para colocar o blog no ar, deve-se a minha preocupação (às vezes excessiva) em apresentar um material com qualidade, que possa ser utilizado como uma fonte confiável, com o mínimo de erros e com o máximo de detalhes ao tratar sobre algum assunto. Para escrever as postagens tive que buscar fontes confiáveis, sites especializados que servirão de referência para criar os textos, muitos dos quais tive de entrar em contato para saber qual o tipo de licença dos materiais disponibilizados etc. E creiam, isso não é paranoia, pois infelizmente existem licenças extremamente restritivas quanto ao uso, seja de programas ou de textos e imagens publicados em sites, e muitas vezes o uso incorreto dos mesmos pode trazer problemas legais, graças às leis que criam barreiras para a difusão de informação, que proíbem o compartilhamento. Aliás, essas questões de direito autoral, de propriedade, sobre licenças de uso de sites, programas, livros, vídeos e músicas serão abordadas frequentemente aqui. A maioria dos textos serão escritos por mim, apoiado em fontes de pesquisa as quais indicarei no final da postagem e que poderão ser acessadas para se obter informações que complementem o que foi apresentado. Eventualmente publicarei artigos, tutoriais, textos e vídeos (sob licenças que permitam essa publicação) de outros autores, nesses casos indicarei com o máximo de detalhes a autoria. E como o meu objetivo é difundir ideias, conhecimento, informação, compartilhar experiências, o material aqui publicado tem de estar sob uma licença flexível, clara e que permita a livre circulação e reprodução do mesmo. Por isso, este blog se encontra sob uma licença Creative Commons, e para saber o que se pode ou não fazer com o conteúdo aqui publicado e as condições para o uso desses materiais, basta acessar o link da licença no final da página. Escreverei um artigo explicando o que é o projeto Creative Commons, que disponibiliza licenças de maneira flexível, rápida e clara para qualquer tipo de obra a ser publicada (áudio, imagem, vídeo, texto, etc.), e por que tantas pessoas estão buscando esse tipo de licença.
        Nos próximos dois posts apresentarei mais detalhes sobre os tipos de postagens, explicando a finalidade do conteúdo das mesmas. De maneira semelhante ao que vou fazer com as postagens com o título “Sobre este blog e seu autor”, numerando pela ordem de publicação, farei também com as postagens com o título desta, sendo a próxima, portanto, “Sobre as postagens (2)”.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Sobre este blog - Expectativas e projeções

        Como viram nas postagens anteriores, não será fácil cumprir o objetivo de escrever para as diferentes pessoas às quais espero poder ser bem recebido, mas por enquanto espero ter conseguido explicar a quem pretendo me dirigir, pois minha preocupação neste momento inicial é explicar, um pouco pelo menos, a ideia do blog, que espero, seja aproveitado por todos. Espero que tenha ficado claro que o conteúdo que será aqui publicado poderá ser aproveitado não somente por pessoas que fazem música, mas também por pessoas que ouvem e gostam de música, por pessoas com interesse em saber mais sobre software livre e sobre o Sistema Operacional GNU/Linux, por pessoas que fazem uso do computador no dia a dia e que encontrarão aqui dicas para melhoria do desempenho de suas atividades, por pessoas que não tem muito interesse em assuntos de informática e que encontrarão aqui temas diversos que serão tratados com senso crítico, às vezes com senso de humor, enfim. Pretendo apresentar um conteúdo de qualidade, com responsabilidade, com senso crítico, com coerência, visando difundir ideias, conhecimento, compartilhando experiências, e estimulando as pessoas a serem agentes ativos neste universo digital da era da cibercultura, fazendo uso das ferramentas que hoje são oferecidas de maneira democrática graças ao software livre. Espero que aproveitem, e até mais.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Sobre este blog - A motivação para escrevê-lo – Voltando no tempo: Em busca da liberdade

        Faz algum tempo que comecei uma busca por softwares direcionados à produção musical. Meu objetivo no início, quando em ambiente Windows®, era encontrar programas gratuitos e programas livres que atendessem as necessidades nas diferentes etapas de produção de áudio e sem ter que investir em hardware. Missão impossível? O fato é que consegui alguns resultados positivos em minhas produções, tudo sem custo, sendo que o computador eu já possuía e somente usei softwares livres e softwares gratuitos. Cabe lembrar, ou informar para quem não sabe, que software livre (free software) e software gratuito (freeware) não são a mesma coisa, mas isso será explicado adiante. Ao ver esses resultados comecei a me surpreender, pois, assim como muitos, eu pensava ser necessário todo um aparato para se obter gravações de áudio com qualidade, ou ainda, gastos astronômicos com softwares pagos. Portanto, nesse primeiro momento, eu estava me focando na questão econômica e evitando a “pirataria”, ao usar softwares gratuitos e softwares livres. Mas faltava algo.
        Nessa busca por softwares para produção de áudio, e também para outras finalidades, sempre tive a atitude de evitar softwares “piratas”, e não é preciso dizer que a oferta era grande, pois softwares proprietários conhecidos e caros poderiam ser obtidos na rede com alguns cliques. Essa minha atitude em um primeiro momento era consequência do medo mesmo. Medo do quê? Ora, não é nenhuma novidade que a plataforma que utilizava é um alvo fácil para ataques de possíveis vírus, trojans, spywares e toda sorte de pragas que podem vir junto desses programas disponibilizados na rede. Em um segundo momento, enquanto testava programas gratuitos e programas livres, comecei a pensar a questão da acessibilidade a essas tecnologias: eu estava então utilizando programas que me foram oferecidos gratuitamente e que eram semelhantes aos que custam bem caro, reforçando a ideia de evitar a “pirataria”. Porém, com o passar do tempo, ao ter mais intimidade com as funções dos programas, comecei a chegar a algumas conclusões, dentre elas: muitos programas gratuitos (freewares) tinham muitas funções bloqueadas, outras deixavam de funcionar com o tempo, por vezes, o programa era bloqueado por completo, alguns exibiam inúmeros banners publicitários, enquanto que nos softwares livres nada disso acontecia. Em meio a isso, comecei a pesquisar sobre as licenças desses softwares, sobre as suas origens, passei a compreender as diferenças entre os tipos de licença e o significado da liberdade oferecida pelo software livre. Passei a conhecer e me interessar cada vez mais pela história do sistema GNU/Linux e de seus idealizadores, e fiz de tudo para migrar, fui em busca de informação, em busca daquele “algo” que faltava.
        Depois de migrar para um sistema operacional GNU/Linux, passei a utilizar alguns dos softwares livres que já utilizava em Windows e a testar outros, obtendo resultados igualmente positivos e com uma verdadeira liberdade para criar, liberdade que só pode ser oferecida por um sistema operacional livre. É preciso dizer que essa liberdade eu já buscava há tempos, pois enquanto era usuário de Windows e de programas proprietários, minha liberdade era tolhida em diversos momentos, os quais exemplificarei em postagens futuras. Gostaria de ter conhecido o mundo GNU/Linux bem antes, de preferência desde que comecei a fazer uso do computador no dia a dia, mas infelizmente por diversos motivos (que não existem são por acaso) isso não ocorreu. Portanto, o que me fez migrar para o sistema GNU/Linux foi em primeiro lugar essa busca por liberdade. Essa migração de sistema operacional na época foi outro ponto que me motivou a começar a pensar esse blog, pois assim como haviam minhas dúvidas sobre a possibilidade real de se produzir música com qualidade e sem os custos antes mencionados, haviam dúvidas sobre o Sistema Operacional GNU/Linux em diversos aspectos, entre eles: a instalação do sistema no computador, adaptação ao uso, limitações e vantagens do uso, etc. Muitas de todas essas dúvidas eram solucionadas através de pesquisas na rede, muitas vezes com custo, suor, tempo e um pouco de estresse; e outras só pude solucionar na prática mesmo. Assim, senti necessidade de compartilhar o que fui aprendendo, tanto sobre criação e produção musical, quanto o uso do sistema GNU/Linux. Acredito que a vontade de compartilhar o que se aprende sobre software livre é algo que surge naturalmente desde o início desse aprendizado, é uma necessidade de contribuir para que outras pessoas experimentem a liberdade que se experimentou. É fato que o que sei é só a ponta do iceberg, além disso, até o momento não sou programador e nem um profissional em produção musical, mas enfim... Sei que existem inúmeros sites e fóruns tratando do assunto o qual me propus tratar, muitos destes inclusive indicarei aqui, porém as informações estão dispersas, então a ideia de centralizar muitas delas aqui para facilitar a vida de quem tem o objetivo semelhante ao deste autor. Porém, mesmo antes de começar este blog já compreendi que o acúmulo de um número considerável de informações importantes só aconteceria com um bom tempo de existência deste espaço, sendo assim, espero poder manter o blog e esperar que isso aconteça.

Sobre este blog - Para quem é feito o Livre Para Criar Música?

        Vou tentar então explicar com quem pretendo me comunicar, em uma ordem que foi escolhida somente para dar sentido a este texto, e não necessariamente pelo critério de importância.
        Em primeiro lugar, com pessoas com interesse em registrar suas canções sem custos com estúdios, sem ter que montar um home studio, sem gastos com softwares pagos, sem apelar ao uso de cópias não autorizadas de softwares proprietários (o que “eles” chamam de “pirataria”), e buscando liberdade, autonomia e independência para criar, pois foi ao descobrir que isso é possível, há algum tempo, que comecei a pensar este blog como uma maneira de compartilhar o que fui aprendendo. Portanto, quero mostrar a essas pessoas, às quais me referi anteriormente, como isso é possível.
        Em segundo lugar, com pessoas que utilizam softwares proprietários pagos (sejam para produção musical ou para outras finalidades), adquiridos através de pagamento aos proprietários ou adquiridos através de cópia não autorizada. Os que se enquadram na primeira situação, podem ter preferido pagar por esses softwares, entre outros motivos, por pensarem que não existem alternativas, não exitem concorrentes e que essa cópia proibida de software não compensa. A essas pessoas, pretendo mostrar que essa chamada “pirataria de software” não compensa mesmo, e que existem sim alternativas aos softwares proprietários pagos, sendo que o que está em jogo ao optar por essas alternativas e o que deve ser levado em consideração, não é a gratuidade do software, o preço, mas sim a sua liberdade, que é algo que não tem preço. Os que se enquadram na segunda situação, podem ter apelado à “pirataria” (termo esse que deve ser discutido), entre outros motivos, por também pensarem que não existem alternativas a esses softwares, e já que não podem pagar..., por pensarem que a “pirataria” é um tipo de “vingança justificável” contra essas empresas que cobram caro por seus produtos etc. A esses pretendo mostrar que existem alternativas sem ter que recorrer à “pirataria” e que existe uma forma melhor, mais inteligente de se “vingar” dessas empresas, que a prática de “pirataria” como vingança, como protesto, é pura ingenuidade, para não dizer outra coisa.
        Em terceiro lugar, com pessoas que utilizam softwares proprietários gratuitos (os “freewares”), como uma alternativa ao uso de softwares proprietários pagos que custam caro e como uma forma de evitar a “pirataria”. A esses quero dizer: que, se não sabem, o Software Livre cumpre essas funções e oferece algo mais importante, que é a liberdade; que, se não sabem, são potenciais usuários de um sistema GNU/Linux (Sistema Operacional GNU mais o Kernel Linux); e, se sabem de tudo isso, faço uma pegunta: o que está faltando para migrarem de sistema operacional ou ao menos experimentarem uma distribuição GNU/Linux? Essa é uma pergunta que pode gerar diversas respostas, muitas das quais conheço e tratarei futuramente.
         Em quarto lugar, com pessoas que não têm interesse em criação e produção musical e que já estão pensando que este blog não lhes interessa. Quero dizer a esses, que não escreverei somente sobre softwares livres para esses objetivos, mas também para diversos outros usos normais em um computador. Além disso, não tratarei somente de assuntos sobre funcionamento de programas, mas também sobre: questões sociais, filosóficas, éticas e políticas que tangem o uso de software livre, os rumos para a produção e difusão de música daqui por diante, questões de direito autoral e de propriedade, as novas formas de licenciamento de obras culturais, filmes que tratem de música, artistas que buscam meios alternativos para produção e difusão de arte, assuntos polêmicos da atualidade, uso de ferramentas computacionais livres como forma de inclusão social, enfim... Aposto que a essa altura muitos já estão pensando: Putz!... esse cara só veio pra falar daquele tal de “Linus”...
        Então aqui, e em quinto lugar, me dirijo aos usuários de Windows® que podem estar pensando que nada do que vai ser publicado aqui lhes será útil, já que não pretendem trocar de sistema operacional para usar software livre, e não o farão por pensarem, entre outras coisas, que: seu sistema operacional é o melhor; que esse papo de Linux não faz sentido, que é tudo muito difícil, tudo diferente e impossível de se adaptar; e, que mesmo tendo vontade de trocar de sistema operacional, não sabem como. A esses digo: que respeito a opinião alheia, mas me empenharei em mostrar que os sistemas GNU/Linux são reconhecidamente superiores, que são sistemas robustos, de alto desempenho e infinitamente mais seguros, e que o ponto principal a ser entendido é a questão da liberdade oferecida por esses sistemas; que atualmente um sistema GNU/Linux, apesar de algumas diferenças, é tão fácil de utilizar quanto o Windows; e, que dependendo da distribuição GNU/Linux, a instalação pode ser muito mais fácil do que uma instalação do Windows. E respondendo de maneira geral, afirmo que mesmo não sendo convencidos, não haverá problemas, pois além de muitos softwares livres funcionarem em Windows, é possível testar um sistema GNU/Linux sem sequer “tocar” no Windows, e, ainda, é possível ter mais de um sistema operacional instalado no disco rígido, podendo, assim, o usuário escolher no momento em que liga o seu computador qual sistema vai utilizar, Windows ou GNU/Linux.
        Com isso, e em último lugar, me dirijo aos usuários de GNU/Linux, avançados ou novatos, para os quais muito do que será dito aqui não é novidade. A esses quero dizer que sempre podemos aprender mais ou contribuir com o que sabemos. Aproveito para dizer que esta é a minha forma de contribuição para o mundo GNU/Linux, já que até o momento não sou um programador. Sou de fato um entusiasta do Software Livre, um apaixonado mesmo, que acredita que usar software livre é uma atitude politica e ética que tem repercussões não só para o usuário mas para a sociedade. Espero que esse blog tenha um alcance maior em termos de divulgação do Software Livre do que a divulgação boca-ouvido que faço em meio a amigos, colegas e família. Aqui pretendo apresentar os conceitos teóricos sobre sistemas GNU/Linux e sobre softwares livres e instruções práticas para instalação e uso dos mesmos, contribuindo para que um número maior de pessoas possam desfrutar da liberdade oferecida pelos mesmos. Para isso é necessário adequar as postagens para todo o tipo de usuário, tentando alcançar potenciais usuários de GNU/Linux, que muitas vezes querem experimentar uma distribuição qualquer mas não sabem como.

Sobre este blog - Quem faz o Livre Para Criar Música?

        Sempre gostei de música, ela sempre fez parte de minha vida. Em um primeiro momento, minha ligação era de espectador, posteriormente, ao aprender alguns primeiros acordes no violão, com meu pai, passei a interagir com ela (tentava pelo menos). Hoje, meu instrumento preferencial é o contra-baixo, mas toco guitarra também. Tive algumas bandas, e ultimamente, além de integrar uma banda com repertório que mescla músicas próprias e alguns covers, estou voltado para um projeto totalmente autoral, onde passo por quase todas as etapas que envolvem a produção de música, desde a concepção das letras, passando pela criação da música, até a gravação, registro do trabalho e posterior difusão do mesmo, estando em algumas dessas etapas apoiado pelo uso de software livre. Tudo isso imbuído do bom e velho espírito do “Faça Você Mesmo”, que está cada vez mais em voga. Através de uma experiência pessoal, que na medida do possível compartilharei, pretendo indicar caminhos os quais procurei, procuro, e procurarei para produzir e divulgar música de forma independente, com liberdade e com baixo custo.

Sobre este blog - Apresentando o Livre Para Criar Música

        Este blog tem por objetivo (entre outros) apresentar um conteúdo relacionado à produção musical independente com software livre, apresentar postagens com indicações de softwares livres para criação, captura, gravação e edição de áudio, assim como assuntos relacionados a esses tipos de ferramentas livres direcionadas à produção musical. Agora talvez tenha ficado claro o nome do blog: “Livre Para Criar Música”. Sobre a definição de Software Livre, haverão postagens com muitos detalhes, mas, para um entendimento inicial, para quem não sabe, consiste em um programa sem restrições para ser usado, copiado, estudado e redistribuído, o seu código fonte é aberto para que se possa estudá-lo, melhorá-lo.
        Antes que pareça que este é só mais um blog com programas para download (e mesmo que fosse, já se diferencia, pois aqui não serão postados softwares crackeados, com serial etc., porque acredito que isso que as empresas de softwares proprietários chamam de “pirataria” é menos prejudicial a elas do que a quem usa esses softwares), deixo claro que não escreverei somente sobre questões de funcionamento dos programas. Nesse sentido, esta frase que dá nome ao blog, “Livre Para Criar Música”, pode ter várias interpretações. Quando pensei o nome, gostei muito dele justamente por isso, e logo percebi que “Livre Para Criar Música” significava para mim uma condição, um estágio, e, porque não dizer, um estado de espírito, alcançados após uma série de escolhas, de decisões que dizem respeito as formas que escolhi para lidar com a produção de música, para lidar com o “fazer música” (para entender melhor, por favor, leia isto e isto). Mas voltando a interpretar o nome com o sentido relacionado à programas livres, ele poderia se chamar também "Livre Para Criar". Livre para criar o que for, qualquer tipo de arte, ou qualquer coisa que se possa desenvolver utilizando um computador, já que pretendo indicar softwares livres para diversas atividades. Com isso, preciso dizer que está bem difícil definir o que vai ser prioridade aqui, pois pretendo me comunicar com diferentes tipos de pessoas e escrever sobre diversos assuntos, os quais muitas vezes estarão ligados por uma espécie de fio condutor que vai guiar as postagens (para entender melhor, por favor, leia isto).